quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Luar

Noite de luar. Estrelas iluminando a noite. Lua cheia. Eu, na cama, deitada, olhando pela fresta da janela quase encoberta pela cortina cor ocre, observando o pouco que me é permitido. Mas, ao invés de admirar, sinto depressão, tristeza, aperto. A inspiração me vem a cabeça e sua imagem e lembrança vai e volta. Mas volta do que vai. Fica martelando, é insistente. Sinto sua presença forte, como se você estivesse aqui, agora. Ao fechar os olhos sinto seu cheito, sua pele, seus abraços, o sabor do seu beijo. Aparentemente, isso me faz bem. Mas sei que na real, o mal que me faz é maior que tudo. Essa esperança de te ter me corrói e vai me matando aos poucos, me sufoca e enlouquece meus pensamentos. Já não consigo controlá-los e perco-me no mundo imaginário que me assombra. É como se não mandasse mais em mim. Perdi os sentidos.
E quanto mais eu falo que não o quero mais, mais me ligo em você, mais tenho vontade de me perder em você, pra você. Por enquanto, fico aqui mesmo, com meus pensamentos malucos, irreais e desejos incontroláveis. E tendo ciúmes de tudo e de você.

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